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A Justiça definiu que as 10 pessoas acusadas de participação no assassinato do Policial Militar (PM) Bento Júnior Teixeira Borges, morto em dezembro de 2016 enquanto tentava apartar uma briga em um posto de combustíveis, serão julgados pelo Tribunal do Júri. No entanto, ainda não há data para o julgamento ocorrer.
Os réus Adriel Gomes Corrêa, Alan Costa Rieffel, Anderson Varreira dos Santos, Anderson Martins Pedroso, Giovani Castro Morback, Patrick Cassol Madri, Paulo César Santos Ferrer, Roberto Carlos Carvalho Pereira, Robison Carvalho Pereira e Sílvio Jobim D'Avila são acusados de homicídio triplamente qualificado: motivo torpe, impossibilidade de defesa da vítima e crime contra autoridade ou agente de segurança.
Os réus seguem presos, e os que solicitaram liberdade provisória tiveram o pedido negado pela Justiça.
Dez pessoas são processadas por morte de PM em posto de combustível de São Gabriel
Conforme a sentença de pronúncia, o PM foi "agredido impiedosamente por inúmeros golpes de facão, contra diversas partes do corpo, especialmente contra o rosto, o pescoço e a cabeça, sendo também atingido por pedras, cones, e golpes de barra de ferro, e chutado, o que lhe causou intenso e excepcional sofrimento, até o momento de seu falecimento, por hemorragia intracraniana, consecutiva a traumatismo crânio-encefálico".
Agora, começa a segunda fase do processo, com o "juízo da causa", para a composição e julgamento pelo Tribunal do Júri. O corpo de jurados é formado por cidadãos, que devem decidir sobre a culpabilidade ou inocência dos acusados. Os jurados podem ser alistados ou convocados.
O CRIME
O policial foi morto no estacionamento do Posto Batovi, na entrada da cidade, BR-290, no Natal de 2016. Ele tinha 36 anos.
A Polícia Civil concluiu o inquérito com o indiciamento de 19 pessoas - entre elas, nove adolescentes.
O PM estava de folga, teria se envolvido em uma discussão e foi espancado por diversas pessoas, a maioria identificada através de imagens de câmeras de vigilância do posto.
Na briga, o policial militar matou um adolescente de 16 anos, João Gabriel Ferraz da Silva, e esfaqueou um dos agressores, Silvio Jobim D'Ávila, além de ter baleado um terceiro, identificado como Alisson de Quadros Fagundes.